Experiência nova na minha vida. Foram sessenta dias de esforço, de trabalho e perpiscácia. Foram dias de ansiedade, preocupação, tristeza e alegria. Sempre fui um homem acostumado a desafios. Um sonhador.
Um idealista ingênuo e quase sempre “usado” para resolver problemas de várias pessoas. Mas é isso, o verdadeiro idealista sofre muito. Nos meus quase vinte anos na PMGO, sempre fui designado para locais de
alto índice de criminalidade. Sempre dei conta do recado em favor das populações onde atuei, através do combate efetivo contra criminosos, onde sempre construímos resultados positivos em beneficio das pessoas
de bem. Quais foram estes resultados? Policiais e viaturas nas ruas.
Cidades seguras, famílias não refém de criminosos, comunidades em paz e tranqüilas. Esses são os resultados que a população espera e anseia.
Mas política? Que enrascada! Mas resolvemos aceitar mais esse desafio.
A idéia era poder defender a Polícia Militar nos seus diversos interesses, mas principalmente, era poder brigar pela segurança das pessoas de bem que vivem no nosso Estado. Era poder fortalecer os
órgãos que compõem a segurança pública, através do combate efetivo aos crimes de tráfico de drogas, furtos e roubo de automóveis que tanto incomoda a nossa capital, defender as ações da ROTAM, fortalecer
as nossas divisas, através de um policiamento presente e enérgico nas rodovias goianas, lutar pela segurança das pessoas que vivem e produzem na área rural, enfim lutar pelas pessoas e famílias goianas.
Deu-se inicio a campanha e levamos o nosso nome, como profissional de segurança que sempre fomos. Não tivemos apoios de grupos políticos, de partido. Não tivemos poder financeiro, nem tampouco apoio de prefeituras, prefeitos ou vereadores. Uma campanha franciscana. Uma campanha com a população. Uma campanha não partidária.
As chances eram reais. Veio então uma avalanche de perseguições, de várias formas e de todos os lados. Foram notícias tendenciosas e maldosas, veiculadas em jornais de Goiás e no Distrito Federal. Tentaram
de toda forma desconstruir a minha imagem como pessoa e como candidato a uma vaga na Assembléia Legislativa. Até pedido de prisão houve por parte do Ministério Publico de Goiás. Não queriam me dar o
direito constitucional de ser votado, ainda que tivéssemos o nosso pedido
Tocamos uma campanha o tempo todo “sangrando” e apagando “fogo”. Panfletos criminosos foram distribuídos nas cidades de Rio Verde e Formosa, nossos maiores redutos de eleitores. Os nossos
adversários tripudiaram de toda forma da situação.
Contra tudo e contra todos causamos preocupações nos nossos adversários. Vários deles importantes. Acho que por nossa causa, vários deles não foram eleitos ou até mesmo reeleitos. Acho que fomos pedra de
tropeço para muita gente, inclusive pessoas fora do processo eleitoral.
Sangrando o tempo todo, ainda assim, no dia 03 de outubro, 14.047 pessoas, distribuídas em 158 municípios do Estado, confiaram no meu nome, mesmo com toda a compra de votos e boca de urna dos
adversários, principalmente em Rio Verde, onde tivemos 5000 votos. As pessoas confiaram na proposta desse simples Oficial da Polícia Militar de Goiás. Uma proposta de tolerância zero contra o crime. Uma proposta de endurecimento contra a criminalidade e em favor das pessoas de bem.
Ainda que não obtivemos o êxito, pois precisávamos de 17.200 votos, somos gratos a todos, especialmente a minha família, os amigos das cidades de Rio Verde, Formosa e demais cidades goianas, policiais
militares, comerciantes, empresários, produtores rurais, pecuaristas, das pessoas de poder aquisitivo ao mais humilde cidadão, o meu muito obrigado. Sinto-me honrado pela confiança. Onde quer que eu esteja,
seja como cidadão comum, seja como profissional de segurança pública, sempre poderão contar comigo. Jamais os decepcionarei. Um abraço e um beijo no coração de todas as pessoas que confiaram em mim. Valeu a pena! Que Deus abençoe a todos nós.
Ricardo Rocha – Major da PMGO